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HONDA 950

 

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Esta é uma Honda CB 750 K de 1974, que recebeu inúmeras modificações, mecânicas, estéticas e de equipamentos.

Era o que havia de mais moderno e possante na época...

Veja com foi essa transformação e como andava essa "fera" !


Claudio Szterling, gerente de vendas da concessionária Honda Fórmula G, pesquisou nos Estados Unidos, mais precisamente em Los Angeles, o centro do motociclismo mundial, e importou o que havia a disposição em equipamentos, para incrementar uma Honda 750 de fábrica.

Foram importados 35 itens para melhorar a moto nos aspectos de segurança, conforto e potência.

Para começar, um kit japonês de camisa e pistões, para aumentar a capacidade do motor para 950 cc. A taxa de compressão foi para 9:1.

A mola do avanço centrifugo do motor foi trocada por uma mais dura, para haver maior torque em baixa rotação e cruzar mais rápido.  Dessa forma o giro do motor eleva-se mais rápido já que a mola do avanço abre-se de uma só vez.

Com esse motor empurrando, a velocidade final subiu para 225 km/h a 9.000 rpm.

As tampas do motor foram substituídas por tampas aletadas, para melhorar o arrefecimento.


Tampas aletadas

Nos carburadores, a única modificação foi no giclê de alta, que passou de 105 para 115.

Os escapamentos originais 4 em 4, foram trocados por um dimensionado 4 em 1, da marca Kerker, que aumenta a potência do motor em quase 20%.


Detalhe da saída tipo "megafone" do escapamento esportivo Kerker 4 em 1.

Para acompanhar o aumento de potência sem comprometer o motor, foi instalado um radiador de óleo horizontal, que recebe o óleo diretamente da bomba e não do filtro, mantendo uniforme a temperatura do motor e a pressão em todos os pontos.


Detalhe do radiador de óleo

A maior potência também exigiu o reforço das molas da embreagem, onde foram colocados calços, fazendo com que a máquina arraste o pneu traseiro por quase 50 metros, em arrancadas violentas.

Para reduzir o peso, foram colocadas rodas de magnésio com liga de alumínio, onde o raio e o cubo são fundidos numa só peça, as mesmas usadas nas corridas da Fórmula 750 em Daytona.

O paralama dianteiro também foi trocado por um de fibra, mais leve que o cromado.


Detalhe da roda de magnésio e do paralama de fibra

Os piscas dianteiros e traseiros receberam hastes maiores bem como a lanterna traseira também foi substituída por uma maior para melhorar a visibilidade noturna.

O guidão alto original foi trocado por dois semiguidões que são fixados diretamente nas bengalas, da marca Tomaselli.

Para melhorar a aerodinâmica e proteger o piloto do vento, instalou-se uma carenagem, que custa pelo menos o dobro das similares nacionais, porém de acabamento superior e com a bolha feita em material inquebrável.


Carenagem forntal e guidão baixo "Tomaselli".

Para segurar esse verdadeiro avião, forma colocados freios a disco duplos na frente e simples na traseira, acionados hidraulicamente.

Os discos são furados e balanceados, e portanto esquentam menos e não pegam pó. A ação é instantânea, sem precisar exercer força.     


Disco duplo dianteiro


Disco traseiro


Reservatório de óleo do freio traseiro

O banco convencional foi trocado por um modelo em forma de degrau, tipo "King and Queen" que evita que o piloto escorregue para trás numa arrancada mais violenta. Na verdade não é muito confortável para o garupa.


Banco tipo "King and Queen"

A chave de ignição, foi deslocada para o guidão e recebeu uma tampa para proteger contra chuva e poeira.

O espelho direito foi retirado e o espelho esquerdo fica preso na ponta do gudão Tomaselli.

Para garantir a estabilidade em curvas e em defeitos da pista, foi instalado um amortecedor de direção.


O útil amortecedor de direção

Os números da máquina:

Aceleração:

0 a 100 km/h - 4" 8/10 em 2ª marcha.

Velocidade final nas marchas:

1ª - 72 km/h
2ª - 115 km/h
3ª - 155 km/h
4ª - 187 km/h
5ª - 225 km/h

Aceleração em metros:

100 m - 4" 4/10 a 108 km/h
200 m - 7" 5/10 a 133 km/h
300 m - 9" 4/10 a 158 km/h
400 m - 11" 3/10 a 175 km/h

 

Enfim, uma bela máquina para quem gosta de emoção e esportividade, mas sem abrir mão do conforto e segurança !

 

HONDA 950


Fonte: Revista Duas Rodas Motociclismo Ano 1 nº 2 de Setembro / Outubro de 1974

Por Ricardo Pupo

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Comentário dos Internautas:

 

Show de matéria, realmente incrivel o que os caras já fazim com essas máquinas naquela época.
Marcos Pastor
Quinta Feira, 21 de Junho de 2007, às 10:38:17


deve ter sido um verdadeiro míssel na época, mesmo hoje uma destas não faria feio será que tem alguma para o mc70 testar? se era rara a 30 anos imagine agora
silvio scortecci
(silvio.scortecci@terra.com.br) Sexta Feira, 22 de Junho de 2007, às 17:55:32


eu tenho esta revista, e na epoca era moleque e sonhava muito com uma dessas, e te pergunto  será que ela ainda existe por ai ?
abraços
Tarcisio Filho
(museumotosantigas@bol.com.br) Quinta Feira, 28 de Junho de 2007, às 21:46:25


A pergunta é boa Ricardo, srá que ela ainda existe, seria muito bom se ela fosse encontrada em algum lugar, quem sabe, o donmo a encontra aqui no site.
Edgard Bicicchi
(edg.orto@superig.com.br) Sexta Feira, 29 de Junho de 2007, às 23:20:45


Além dessa matéria tem uma que é da Kawasaki 900 turbo feito aqui no Rio. Será que ela ainda existe??? 
Rubens da Silva
(ceafla@ig.com.br) Domingo, 1 de Julho de 2007, às 13:59:46


Reparem no pedal do kick dela. Será que pega de primeira ou com o aumento da cilindrada nem pensar em kikar só na elétrica.
Rubens da Silva
(ceafla@ig.com.br) Sexta Feira, 13 de Julho de 2007, às 03:46:53


A Fórmula G ficava perto da minha casa na Praça Panamericana onde hoje é uma agência do Bradesco. Em 1974 eu tinha acabado de fazer 18 anos e ia quase todos os dias para lá observar essas maravilhas que eram montadas e ajustadas pelo Benite. Por lá também apareciam o Tucano, Casarini e Paulé.
Para um garoto como eu era um paraiso aquele lugar. Inclusive quando fiz 18 anos e tirei a bendita carteira de motorista, troquei minha RD-250 por uma RD-350 0Km lá na Guard-Rail e quem a preparou foi o Paco que era o chefe da oficina de lá.
Fui na Fórmula G e chamei todo mundo para o "páu" com minha RD e ninguém quis encarar. (Ainda bem. Para mim).
Grandes tempos de grandes bagunças com os amigos pilotos.
Leandro Peduto Alfonso
(portocc@uol.com.br) Sexta Feira, 13 de Julho de 2007, às 12:42:11


Que maravilha de moto. Essas fotos são muito bonitas e o texto excelente. Parabéns.
Tabajara A. Jorge
(tabajara-tabinha@hotmail.com) Sábado, 11 de Agosto de 2007, às 09:01:12


anos dourados, muito bom, maquinas lindas, por favor mande fotos, muito obrigado, bom domingo.
nome = EDMUR DECIO AUGUSTO JUNIOR
email = edmurgundo@ig.com.br                            27/02/2012


oi gente vcs são demais !
nome = andressa ferreira da silva
email = andressa_emesson@hotmail.com                17/04/2012