A moto dos sonhos, ... e o sonho da moto !
Voces sabem como é que se constrói uma moto?
Eu comecei a construir a minha moto em 1975.
Naquele ano, eu comprei a primeira parte da minha moto; uma lanterna (capa da lanterna da RD350).É, foi com aquela peça de plástico que eu, um garoto de 15 anos, comecei a construir a minha tão sonhada moto. Eu imaginava que se eu comprasse as peças, algum dia eu teria a minha moto.
Pois é, que ilusão gostosa. Aquela lanterna acabou não servindo na minha primeira moto.
Foi uma RD50 e a lanterna dela era diferente da que eu tinha. Com isto fiquei com ela guardada até poder usá-la.Com o passar dos anos, ela passou por várias DT250s, várias RDs, RXs, RSs, mas sempre que eu me desfazia da moto, aquela lanterna ficava.
Sempre muito nova e sempre polida com carinho. Aquela lanterna foi o início de um sonho de garoto, mas sempre diziam que o início da realidade parte de um sonho, uma imaginação e a partir daquele momento o mundo conspira a seu favor.
Não é isto que dizem?
Hoje eu não tenho nenhuma moto Yamaha, acho até que existem lanternas mais bonitas do que aquela lanterna redonda vermelha com olhos de gatos amarelos nas laterais, mas esta não vendo de forma alguma, nem por dinheiro nenhum.
Todas as motos que tive vieram da imaginação de um garoto de 15 anos, que queria muito uma moto e só tinha o dinheiro para comprar aquela lanterna, apenas a lanterna da moto de seus sonhos.
Hoje em dia, acho que isto não acontece mais.
É tudo de computador, moto parece realmente pastel, se compra em qualquer esquina e são todas iguais, tem chinês de pastelaria por toda esquina.
Entretanto a moto de meus sonhos, ainda está guardada em minhas memórias e na minha lanterna legítima de uma Moto Classica dos anos 70.
Na década de 70, estes foram os melhores anos de minha vida, existia sonho e imaginação suficiente sobre o que seríamos quando crescer e qual moto teríamos.
Hoje não há mais este tipo de emoção.
É tudo Honda Titan e Motoboy.
Prá mim Titan é a Suzuki T500.
Um abraço,
Kleber Klein siacadastral@uol.com.brRio de Janeiro - RJ Novembro / 2003