ACREDITA EM AZAR ?

Estes fatos na verdade aconteceram recentemente. Pra ser mais exato em abril / 07. E nem foi com uma moto tão antiga (uma DT 200 ano 88), mas pelo ineditismo da história vale a pena seu relato.

Tudo teve início quando eu retornava à noite de Sta. Cruz para a Ilha do Governador (dois bairros do Rio de Janeiro) pela Av. Brasil. Pois na altura do Viaduto dos Cabritos a DT foi perdendo força e parou. No meio do nada, só mato. Ferveu a danada com super aquecimento do motor. Tinha perdido toda a água do radiador e não me dei conta. Tarde demais o pistão tinha colado nas paredes do cilindro. Tentei quicá-la, mas o quick estava mole feito gelatina. O motor estava sem compressão nenhuma. Fiquei puto, moto standard toda original e por uma vacilada boba perdi o motor.

Passada a ira inicial lembrei que estava sozinho com a moto enguiçada no acostamento da Brasil à noite sem nem um posto por perto. Resolvi pedir socorro pelo celular. Chamei um amigo que estava por perto e chegou rápido, porém sem uma corda no carro. Resolvemos esconder a moto no mato e ir buscar a corda no posto mais próximo, pois começava a chover.

No caminho para o posto o carro bate num buraco escondido pela água e empena a roda da frente escapando o ar. Sem problemas, para isso existe o estepe. Pneu trocado tocamos para o posto. No caminho fui comentando qual a possibilidade de furar outro pneu. Meu amigo respondeu que era quase zero. Pois foi encostar o carro no posto e pufffff. Lá se vai o pneu traseiro. Pior, o posto não tinha borracheiro. Fiquei realmente preocupado com a DT no mato.

Tiramos a roda e descobrimos que o mesmo buraco tinha empenado os dois aros, sendo que o traseiro o dano foi menor. Com o extintor do carro consegui desempenar um pouco e segurar o ar para chegar até a moto. Arrumamos a corda e fomos rebocá-la, trazê-la até o posto para pernoite e consertar os 2 pneus do carro.

Consegui chegar em casa às 11 horas da noite. Ainda preocupado em pegá-la no dia seguinte com a pick-up e já ouvindo as broncas da esposa do por que estar chegando tão tarde em casa. Coisas da vida de quem gosta de moto.

Waldir Azeredo Fortunato Filho

Rio de Janeiro - RJ

waldirazeredo@hotmail.com