GERAÇÃO CB 

              

Você se lembra da CB? Pois é, para quem gosta de motociclismo e foi adolescente nos anos 70, essa sigla praticamente designava a maior parte das motos mais acessíveis aos motociclistas da época. Sua origem remonta aos anos 60, com o lançamento da Honda CB 450 Dream, batizada nos Estados Unidos de Black Bomber. A sigla remete à idéia de Citzen Band ( faixa do cidadão ), freqüência de rádio popular até então. Para a turma da época, essa sigla designava toda uma linha de motocicletas, desde as pequenas 50 cc até as multicilindricas, das quais, a mais famosa é, sem dúvida, a 750 four. Porém, se as motos maiores eram o verdadeiro objeto do desejo, as de menor cilindrada é que faziam a alegria da garotada. Vamos lembrar aqui  algumas dessas máquinas:

          Honda CB 50 :  Suas dimensões reduzidas chamavam a atenção não apenas por ser uma pequena moto, mas também, por montar um pequeno motor de quatro tempos e parecer uma miniatura de uma moto de 125 cc. Tudo nela era dimensionado para seu pequeno tamanho, e o que mais chamava a atenção, eram seus instrumentos, conta giros e velocímetro, tais como uma moto de maior cilindrada. Aqui em São Pedro, existia uma de cor branca com faixas azuis.

          Honda CB 125 S : É muito parecida com as primeiras CGs que foram lançadas por aqui, porém com um conjunto motor e cambio melhores, que seriam a base da mecânica usada posteriormente nas antigas “Turunas”. Os motociclistas da época diziam que ela “dava pau” nas 125 nacionais. Lembro-me bem de um exemplar de cor verde metálica e de uma vermelha, que já não era original, que quase comprei. Ela estava surrada ao máximo, mas ao andar com ela, tive a impressão de andar em um “Landau”, afinal, para quem empurrava Leonette...

          Honda CB 125 K5 :  Seu motor de dois cilindros com dois escapamentos, dão um charme especial a esta pequena CB, que traz também um tanque um pouco maior ( ao menos parece, visualmente ). Seu ronco compassado, transmite a impressão de uma moto mais “tranqüila” que a CB 125 S. Apesar de sua estética meio “aburguesada”, tive a oportunidade de pilotar uma moto de uma amigo naquela época, vermelha e que montava um dos famosos guidões “Tomazelli”, que entre a garotada, tinha o charme de ser mais uma das importadas japonesas.      

         Honda CB 200 : Um pouco maior que a 125 de dois cilindros, esta moto trazia em particular um diferente desenho do tanque de combustível, com uma proteção de plástico sobre o mesmo. Aqui na região, existiam alguns exemplares nas cores verde metálico e vermelha.

          Honda CB 360 : A “vibrante” 360 ( quem já andou, sabe o que estou dizendo... ), também montava um motor de dois cilindros e tinha dois escapamentos. Sua cilindrada era um pouco menor que uma 400, mas, talvez pelo seu preço mais acessível, tornou-se uma moto mais popular que as amadas Four’s. Por aqui, passaram várias motos, das cores: verde, azul e laranja, todas metálicas. A moda na época, era a troca dos escapamentos originais por um “dois-em-um” levemente silenciado, que dava a essas motos, um ronco muito parecido com as atuais CB 500 com escapamentos esportivos.

          Essas eram as motos que faziam a alegria de nós, adolescentes na época, que tendo ou não motos, sonhavam com essas máquinas maravilhosas. Um abraço!

 

          Carlos Eduardo Trivellato