Test Drive
YAMAHA A7 125
1972

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por:  Marcos V.Pasini


Foto ilustrativa do catálogo Yamaha 1972

Quando, em 1969,  fui comprar minha primeira Yamaha, no "seu" Edgard, uma F5 50cc, deparei pela primeira vez com esta estranha 125.
Ao contrário de sua irmã mais nervosa, a 125 AS1 também 2 tempos, bicilindrica e muito agressiva, esta pacata monocilindrica, tinha um aspecto pitoresco. 
Ela exibia pneus com faixa branca em suas pequenas e gordas rodas de 16".

Ela se parecia com minha cinquentinha, porém mais estufada e com aqueles pneus com a faixa branca de gosto duvidoso para quem apreciava veiculos esportivos.
Tinha algo, porém, que babávamos !... A partida elétrica !! A pesar do motor 2T ser de fácil e leve acionamento, uma partida elétrica dava status!!!

Foi nessa época a primeira vez que dirigi este modelo. Era também azul (igual à minha F5).
Minha primeira impressão foi muito boa, apesar de gostar de motos agressivas. A Yamaha A7 proporcionava uma aceleração bem uniforme e torcuda, sem exageros, ao contrário de suas irmãs bicilindricas, que chegavam a erguer a roda dianteira naturalmente, nas arrancadas.

Fomos, então, eu e minha F5 passar as férias de verão em Itanhaém, cidade do litoral sul paulista. Chegando lá, a moto que estava sendo usada no patrulhamento da praia do Cibratel, era nada menos que outra 125 A7. Esta era de cor preta.
Esta moto ficou muitos anos neste trabalho, andando em areia fofa e em areia úmida, junto ao mar.
Não sei o destino que foi dado a ela. Foi, com certeza, um bom teste de durabilidade.
Cheguei a andar também nesta motocicleta, que apresentou um comportamento igualmente confortável e saudável.

Voltei a ter contacto com este modelo somente agora, com a A7 do nosso colaborador Flávio Abbud, de Volta Redonda, RJ.
Esta motocicletra não estava equipada com os pneus com faixa-branca, conforme podemos observar na foto abaixo. Eu acho que ficou melhor assim, apesar da original ser da outra maneira.

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Yamaha 125 A7- cedida pelo nosso colaborador Flávio Abbud

Histórico:

A Yamaha 125 A7, foi importada na era pré-Yamaha Motors do Brasil, período que se alongou até 1971.

Esta moto foi produzida, segundo fontes oficiais, até pelo menos o ano/modelo1972, sendo que a primeira leva importada  oficialmente no Brasil, data de 1968.

O modelo que antecedeu a A7, foi a A6 (foto abaixo), a qual não chegou a ser importada aqui.

 
Yamaha 125 A6 - 1968

Interessante notar o logotipo no tanque. É redondo, com os 3 diapasons, ao invés de ser escrito por extenso, conforme foi de 1968/69, até 1972.
 


Yamaha 125 A6 - 1966

A A7, foi importada oficialmente, porém em pequena escala, até 1970, pela Motorsport, empresa situada no bairro da Lapa, na capital paulista, e revendida pelas primeiras e poucas lojas que comercializavam as motocicletas Yamaha, como a do Edgard Soares, também em São Paulo.

Trata-se de uma motocicleta dotada de um motor monocilíndrico, 2 tempos, de baixa rotação, com alimentação feita pelo cárter, comandado por uma válvula rotativa, a qual controla os pulsos de aspiração da mistura.
Cambio de 4 velocidades e quadro estampado. 

Ela foi fornecida nas cores: azul, vermelha e preta. Todas com pneus faixa-branca.

Dirigindo a A7:

A partida elétrica é a "prata da casa", o que proporciona um conforto a mais para o usuário.


Marcos Pasini e a A7 do Abbud

Ligando-se o motor, já se nota o ritmo mais calmo, da marcha-lenta, pois trata-se de um motor que tem sua potencia máxima, na casa das 6700rpm e o torque máximo nas 5000rpm, o que caracteriza um motor de baixa rotação, comparando-se com sua irmã contemporânea de 1972, a 125 AS3, bicilíndrica, com rotações de potência e torque máximos iguais a 8500rpm e 8000rpm, respectivamente.

Suas quatro marchas, associadas à curva de torque do motor, bem plana, proporcionam uma dirigibilidade muito agradável, em função de sua boa distribuição de potência na roda, em condições de grande esforço (areia fofa), ou em rampas, com baixas rotações.

Com seu bom raio de esterço, em função de seus pneus aro16, resulta em uma ágil e confortável condução no transito urbano.

Sua velocidade máxima (100~110Km/h) deixa um pouco a desejar, em se tratando de uma 125cc, porém em função do torque mais uniformemente distribuido nas rotações menores, é aceitável, considerando que seu uso é tipicamente urbano (ou praiano), e não estradeiro, ou esportivo.

A ausência do conta-giros, não chega a incomodar.
O grande velocímetro, instalado dentro da caixa do farol, apresenta uma boa visibilidade do ponteiro, números, hodometro e luzes de advertência.

Os comandos são posicionados conforme padrão Yamaha 1970, sendo o afogador acoplado ao conjunto do punho esquerdo, pela parte superior.

Os freios a tambor, com acionamento "simplex", tem um comportamento modesto porém suficiente para a dirigibilidade pouco agressiva, típica deste modelo.

Ficha Técnica:

motor:
tipo:monociclindrico, 2 tempos com admissão pelo cárter por meio de válvula
rotativa e lubrificação mecânica (autolube).
cilindrada:123cm3
diametro x curso(mm):56 x 50
taxa de compressão: 6,8 : 1
potência máxima: 11hp @ 6700rpm
torque máximo: 1,25Kgm @ 5000rpm
sistema de partida: elétrica e mecânica.

transmissão:
4 velocidades

dimensões e capacidades:	
comprimento (mm):1880
largura (mm):745
altura (mm):1045
distancia entre-eixos (mm):1240
distancia livre do solo (mm):135
peso líquido (Kg):110
capacidade tanque de combustivel (lts):9
capacidade reservatório óleo (lts):1,7
pneus
dianteiros (pol): 3.00 x 16
traseiros (pol): 3.00 x 16

performance:
Velocidade máxima (Km/h):100 ~110
rampabilidade (graus):20
raio mínimo de esterço (mm):1980
distância minima de frenagem: 7,5m @ 35Km/h

Coincidentemente, outro dia, garimpando peças na Rua Gal. Osório, em S.Paulo, topei com outra A7, preta, com pneus de faixa-branca e tudo, estacionada junto a uma contemporânea sua, uma Honda 65cc.
Por um instante, lembrei-me do tempo em que ficava na "Esquina do Veneno", após as aulas,  "namorando" as novas Yamahas do "Seu" Edgard, as Kawa "Triple" do Latorre e as Suzuki T do "Seu" Felipe...

Vamos contar essas histórias outro dia !!!

Por enquanto fica o registro desta valente e robusta representante dos "Anos Clássicos".

Yamaha 125 A7


revivendo os anos 70


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Comentários:


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Gostei de ver essa raridade, não imaginava que existissem motos YAMAHA tão antigas e ainda em pleno funcionamento!!
Valeu.

nome: Ronaldo Gennari
(
ronaldo.gennari@itelefonica.com.br ) Domingo, 28 de Março de 2004, às 13:53:58


hola que tal un saludo yo soy de mexico y quiero decirle que aqui hay de estas yamahas ya que mi papa cuenta con dos de estas maquinas y emn una ciudad que se llama orizaba se encuentran una YA5 que toda via funciona de un amigo mio sabe me gusto mucho las fotos que aqui aparecen publicadas .

nome: donato dector
(
roner_graf@hotmail.com ) Segunda Feira, 7 de Novembro de 2005, às 13:59:17


Hola, tambien soy de México, de Zacatecas para ser exacto, y cuento con una maquina de estas es una YA7 1970 y esta funcionando perfectamente, se encuentra en muy buenas condiciones, funcionando aun con su marcha original. me da gusto encotrarme con esta pagina donde se pueden ver estas motos, aunque me gustaria saber si hay por ahí alguna donde vengan mas detalles y galerias de imagenes de cuando salian de agencia. si alguien sabe de alguna digamelo por favor. gracias, saludos!

nome: Jaime Correa
(jymm_correa@hotmail.com) Domingo, 4 de Novembro de 2007, às 20:13:33


Boas. Num momento de nostalgia, resolvi procurarimagens da minha primeira moto, acima dos 50cc, e encontrei uma precisamente igual à que tive em 1980. Uma azulinha. Tive esta moto cerca de um ano, mas depois a febre da idade e a necessidade de gastar a adrenalina, troquei por uma Honda CB 350. No entanto tenho muitas saudades da minha YAMAHA YA7. Os desejos das maiores felicidades para todos e paara os proprietários destas motos um grande abraço de saudade extensivo à YA7.

nome: Francisco Cordeiro
(fapcordeiro@gmail.com) Sexta Feira, 7 de Março de 2008, às 10:42:40


Também tenho uma yamaha A7 e posso dizer que de todas as motas que tive e tenho esta é a melhor não para o dia a dia pois o tempo escasseia para passear quando há tempo não há melhor. Por isso felicito todos os que têm o privilégio de possuir esta verdadeira máquina.
email = ppintoam@gmail.com
nome = Manuel Pinto


Q CHIDAS MOTOS HACE YAMAHA YO TENGO UNA YA 6 1970 CORRE SUPER Y TIENE UNA ESTAVILIDAD MUY BUENA GRACIAS POR SU PAGINA SALUDOS DESDE MEXICO
email = CARTMANRAMIREZ@YAHOO.COM.MX
nome = OSCAR RAMIREZ


Olá a todos. Gostei muito, tambem tenho uma, côr azul, foi logo mesmo das primeiras a ser vendidas em Portugal. Alguem me informaria onde posso obter o manual de reparação e manutenção de toda a mecânica? Obrigado a todos. Abraço,
email = alcidesduarteribeiro@gmail.com
nome = Alcides                                                    27/05/2011


linda
email = pedropatricio33@hotmail.com
nome = pedro patricio                                            04/10/2011


Hola yo he comprado una este viernez pasado 30 sep 2011 me gusto la maquinita tiene faltantes pero me gusto la moto soy mecanico de motos y ya comensare la restauracion me encuentro en mexico D.F. Xochimilco ya estare haciendo una pagina web solo para esta linda japonesa.
email = elesban_chavez@hotmail.com
nome = Elesban                                                    04/10/2011


Acabei de adquirir uma A 7 Nunca tinha visto uma mota destas pois eu tinha 7 anos quando a mota nasceu Pois a minha mota esta a trabalhar bem mas gostaria de saber para futuro se alguém sabe onde adquirir peças para esta mota
email = jorge.albano1@hotmail.com
nome = jorge                                                    10/07/2012