O AMOR CHEGOU EM DUAS RODAS

 

Dia 03 de março de 1979, um domingo de sol, convidei um amigo para dar um rolê pelo bairro, sem destino ou compromisso.

Eu numa Motovi 125 vermelha do ano e ele numa CG ano 78.

Depois de alguns quilômetros visualizei duas garotas na calçada e uma delas olhou para mim, onde respondi com um beijo, fiz um sinal para o meu camarada demos meia volta e paramos no local.

Papo vai papo vem, resolvemos nos conhecer à noite no mesmo dia onde haveria uma festinha de aniversário na casa dela.

Como marcado cheguei lá com a reluzente Motovi e o meu colega com a CG ... depois de alguns HI-Fi e Cuba-Libre convidei a bela morena para dar uma voltinha, onde depois de pedir à sua mãe, ela foi.

A levei em uma lanhonete em Santana, região norte de S.Paulo cerca de 4 quilômetros da casa dela, depois de um suco, uma porção de batatinhas e alguns beijinhos, resolvemos ir embora de volta para a festinha.

O problema é que já havia se passado umas duas horas que havíamos saído e os pais dela muito conservadores já nos espera no portão da casa dela juntamente com os irmãos e os convidados da festa.

Eu sem saber direito o que esta acontecendo, parei a moto para ela descer, quando ouvi: VAI EMBORA, VAI EMBORA !!

Era o pai da moça tentando me acertar com uma cinta, que felizmente não pegou nas minhas costas.

Passado o susto, durante aquela semana entramos em contato via telefone e voltamos a nos encontrar, e criei coragem de voltar à sua casa para pedi-la em namoro.

Hoje, aquela menina de 17 anos, está casada comigo há 24 anos e é a mãe das minhas duas filhas (15 e 22 anos).

Uma delas já casada, não curte muito moto mas de vez em quando ainda anda comigo.

Agora, quanto a Motovi 125, depois de me dar algumas alegrias, a troquei depois de uns 2 anos por uma CB 350 ano 72 que também tem história... eu conto na próxima tá ?!!!

Wanderley Recalchi

São Paulo - SP

recalchiaventureiro@terra.com.br