Paixão por Clássica !

 

Como todos aqueles que freqüentam este site, sou vidrado por motos clássicas.

Sempre tive moto, nenhuma com mais de 5 anos de idade, mas quando cruzava com uma que aparentava no mínimo uns 20 anos o coração batia forte.

Foi num encontro de motos que resolvi ter a minha “velhinha”.

Como bom classista, sempre tive uma queda pelas four, sem é claro, desmerecer outras beldades que fazem este universo maravilhoso.

Então comecei a garimpar algo que me satisfizesse.

Foi então, que num domingo, tudo mudou.

Estava eu, numa feira de motos, quando vi chegar uma cb450 vermelha 85 (zerada). Não era o que eu estava procurando, mas a moto era reluzente, imponente, todos pararam para admirar A moto estava impecável. Seu condutor parou alguns metros de onde eu estava Imediatamente sai ao seu encontro. Quando cheguei, a moto estava sozinha, então tive a oportunidade de contemplá-la. Tudo estava originalmente no lugar, apenas 8000 km rodados. Pensei comigo: esta moto precisa ser minha! Mas o problema é que já tinha uma fila aguardando o proprietário, todos dispostos a fechar negócio. Quando tudo parecia perdido, notei que havia um cartão preso ao banco, com nome e número de telefone. Para minha felicidade, as nove pessoas que aguardavam não tinham telefone. Imediatamente liguei para o número (bendito seja o celular!), falei do meu interesse em fechar negócio, ele prontamente correspondeu. Antes de desligar, comentei que me procurasse, pois havia muita gente. Imaginem a cara do pessoal quando ele chegou me procurando, eu lá no fim da fila... Bem, o importante é que o negócio foi fechado, e agora eu tinha uma máquina que tinha ótima dirigibilidade, força e resistência (mas não era uma clássica).

Os primeiros meses foram de intensa paixão, regada a muitos passeios.

Passada a euforia, o pensamento nas clássicas voltou, aquela nostalgia da década de 70. Comecei a refletir: o que poderia fazer para deixar minha moto com essas características (não esqueçam que sempre tive uma queda pelo estilo four).

Foi então, depois de buscar alternativas, informações, conheci várias pessoas que são consideradas verdadeiras lendas no mundo das duas rodas.

Comecei a planejar como seria a plástica pela qual minha moto iria passar (peço desculpas aos mais conservadores, mais quando o coração fala mais alto, não tem jeito.).

Minha primeira decisão foi trocar as rodas, pois nunca entendi como uma moto, com aquele porte, tinha uma roda traseira tão fina. As rodas foram feitas especialmente para ela. Seguindo uma ordem estabelecida, troquei o escapamento para o 2x1, à frente com uma mesa maior, farol, painel, piscas, pintura... Eu poderia ficar horas falando como consegui cada peça, os trabalhos em oficina, os erros e acertos, mas penso que isto deva ser vivenciado, seja restaurando, consertando, transformando, enfim, o “gostoso” é o envolvimento, a felicidade que isso proporciona. Saibam que é um trabalho árduo, mas gratificante.

Hoje, com a sensação do dever quase cumprido (pois a gente acha que sempre pode melhorar) resolvi passar um pouco dessa felicidade.

Abaixo, vocês poderão ver fotos da máquina, que na minha modesta opinião, conseguiu juntar estética com ótima dirigibilidade.

Um abraço a todos.

  Éderson

  s.ederson@ig.com.br