REPÚBLICA DE ANGOLA
Situado no sudoeste da África, praticamente 60% do território de Angola é formado por um planalto coberto de savanas.
Até o contato com os portugueses no século XV, a região é habitada por tribos que praticam agricultura itinerante, criam animais e pagam tributos ao Reino do Congo. A colonização portuguesa funda cidades, como Luanda, em 1576, e Benguela, em 1617, que servem de base para o comércio de escravos. Entre os séculos XVI e XIX, em torno de 3 milhões de angolanos são enviados como escravos para o Brasil. Explorando rivalidades tribais, os portugueses expandem seus domínios. As fronteiras oficiais são estabelecidas na Conferência de Berlim (1884-1885), que define a partilha da África entre potências européias.
Luta anticolonial
A intransigência do colonialismo português na manutenção das províncias ultramarinas desperta, a partir de 1961, conflitos armados organizados pela União dos Povos Angolanos (UPA).
Independência
A rivalidade entre os três movimentos de libertação degenera-se em confronto armado a partir de abril de 1974, quando o governo instalado em Portugal após a Revolução dos Cravos anuncia o plano de descolonização de Angola. O Tratado de Alvor, firmado em janeiro de 1975 entre Lisboa e os três grupos, prevê um governo de transição. O fracasso do acordo resulta em uma sangrenta guerra civil entre as facções, que recebem apoio estrangeiro.
A maioria dos 350 mil brancos angolanos emigra para a África do Sul, Portugal e Brasil. Em outubro de 1975, tropas sul-africanas combatem ao lado da Unita em um ataque contra Luanda. Soldados cubanos auxiliam o MPLA, que mantém o domínio sobre a capital.
Em 11 de novembro de 1975, Portugal sai formalmente de Angola sem reconhecer nenhum dos grupos como governo. Agostinho Neto, líder do MPLA, é proclamado presidente da República Popular de Angola, de regime socialista.
O Brasil é o primeiro país a reconhecer o novo Estado independente.