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por:
Marcos V.
Pasini
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Honda CB500T 1975
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Descendente
direta da tradicional clássica da Honda, a CB450 DOHC, esta motocicleta com
motor bicilíndrico de 499cc com, também, duplo comando de válvulas no
cabeçote (DOHC), chegou ao Brasil numa época em que quem dava as cartas nas
médias-altas cilindradas eram as quadricilíndricas da própria Honda, as
super-sport CB400F e CB550F.
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belíssimo powertrain
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De
porte sóbrio, na cor marrom, com assento no mesmo tom a CB500T perdeu terreno
em relação as velozes 4 cilindros, que “roubaram a cena” com seu estilo
agressivo e cores vivas, canibalizando as vendas de sua irmã mais “old-fashion”.
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sobriedade na cor e no
estilo
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Somado
a isso, o sucesso esperado na concorrência da CB500T com a tradicionalíssima Yamaha
TX650 não foi alcançado, deixando a primeira em uma posição mercadológica
bastante desconfortável o que levou a Honda a descontinuar sua importação.
Como,
logo em seguida, veio a proibição das importações, tudo ficou por isso
mesmo...
Este
é um dos casos em que a Honda, com toda sua estratégia, não conseguiu sequer
ameaçar sua concorrente compatriota pois a Yamaha TX650, apesar de, também,
ter seu “estilo inglês”, tinha (e tem) o seu público cativo, que não a
trocou nem pelas pouquíssimas Kawasaki W1 que chegaram ao Brasil, nem pela sólida
e segura tradição das CB’s.
A
Honda CB500T é uma motocicleta que, sem sombra de dúvida, traz consigo a
tradição de qualidade, conforto e segurança da Honda, tendo sido,
injustamente, deixada em segundo plano pelo mercado motociclístico da época.
Certamente
seu fracasso de vendas foi devido, tão somente, à um erro de estratégia
mercadológica, e não à sua qualidade.
A
Honda CB500T:
De concepção tradicional a
Honda CB500T foi uma típica clássica, mesmo em sua época de lançamento.
É equipada com um motor
bicilíndrico DOHC de 2 válvulas por cilindro, com o virabrequim defasado em
180°, avançado para sua época, contrastando com o estilo sóbrio desta
motocicleta.
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o belíssimo
bicilindrico DOHC
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Os escapamentos são
individuais, sendo um para cada lado, simetricamente, bem ao estilo das grande
"Turismo" da época, com um equalisador de pressão dos gases de
escapamento bem à frente, nas curvas.
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detalhe dos
escapamentos e da suspensão traseira
detalhe do equalisador
de pressão dos gases de escapamento
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Sua suspensão é típica dos
anos 70, ou seja, bi-choque traseira, com regulagens, e com molas internas
(tipo "Cerianni") na dianteira.
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suspensão dianteira
tipo "Cerianni"
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O painel é bem visível e
bonito, contando com velocímetro, contagiros e luzes de advertência de
neutro, farol alto e setas.
A chave de contacto se
localiza ao centro do painel, em lugar de fácil e seguro acesso.
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painel e chave de
contacto
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Seu banco, na
cor marrom, é um detalhe que marca a personalidade da Honda CB500T.
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banco na cor marrom
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Seu conjunto
óptico não deixa nada a desejar às modernas "naked"de hoje.
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conjunto óptico da
Honda CB500T
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Dirigindo
a Honda CB500T:
Esta
motocicleta conta com partida elétrica mas, como a bateria não estava “no
ponto”, preferimos acionar o motor pelo kick-starter e poupar o sistema.
O
acionamento do pedal foi tranqüilo, e o bicilíndrico de 499cc respondeu
imediatamente com o som característico dos motores com virabrequim defasado a
180°.
A
CB500T é uma típica Honda, ou seja, tudo macio: embreagem, acelerador,
cambio, baixa vibração, etc..
A
clássica Honda se mostrou bastante leve e maleável, podendo-se colocá-la e
retirá-la do cavalete central com extrema facilidade.
O
conforto associado com a boa ergonomia da 500T proporcionam uma dirigibilidade
muito satisfatória.
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super confortável
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A
altura do banco para pilotos de 1,70m se mostrou “na medida”, super
segura.
A
suspensão é bastante macia mas, tende a oscilar em curvas, com maior
velocidade.
Os
freios, a disco na dianteira e a tambor na traseira, associados ao bom
freio-motor proporcionado pelo motor 4 tempos de 499cc, formam um conjunto
harmonioso, não causando sustos ao piloto.
O
desempenho dela é discreto, tal qual seu lay-out, porém seu torque em baixas
rotações permite passeios em condições “leves” de uso, sem que falte
“motor”.
A
relação de marchas de seu cambio de 5 velocidades é bem escalonada mas é
bastante longa, principalmente notado em 1a. marcha.
Seu
equilíbrio é bastante bom, permitindo manobras em baixa velocidade, sem
problemas.
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bastante estável
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Curvas
de baixa velocidade podem ser feitas com bastante inclinação (dentro do razoável)
sem que sua “parte baixa” esbarre no chão.
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curvas de baixa
velocidade sem stress
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O
visual da moto, visto quando se pilota, é bastante agradável devido a seu
tanque estreito com um “shape” bastante harmonioso.
A boa visualização do painel permite ao piloto enxergar com facilidade os
dois “relógios” e as luzes de advertência, sem desviar a sua atenção
da pista e do transito.
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visual muito agradável
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De
maneira geral trata-se de uma motocicleta bastante dócil, maleável, confortável
e com um bom compromisso de potencia, tendo como resultado final um conjunto
bastante equilibrado para uso urbano e em rodovias dentro do conceito
“Turismo”.
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estilo "Turismo"
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É
uma pena que ela veio ao Brasil numa época em que a concorrente Yamaha TX650
“mandava na categoria” e, no mais, eram, as quadricilindricas, a
“coqueluche”do momento.
É
uma bela moto!!!...
Honda
CB500T
Ricardo Pupo, Harold
e Marcos Pasini
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Nossos
agradecimentos ao Harold e ao Luiz Raid, proprietários desta bela moto, por nos tê-la
cedido para o teste.
Teste realizado em São Paulo, SP, nas
ruas do bairro da Vila Mariana
