Test Drive
SUZUKI TS125
1975

 

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por:
Marcos V. Pasini

No começo dos anos 70, a Motosport, na batuta de Ari Fiadi, pioneiro na importação das motocicletas Yamaha no Brasil, passou a representar a marca Suzuki.

Como, nas competições, a Yamaha era soberana, com as imbatíveis TR350, Ari resolveu investir no "Cross" trazendo, então, uma “Trail” para tentar bater as Yamaha MX250, que na época já estavam sendo importadas pela Yamaha Motors do Brasil, e que começavam a despontar no cenário do motocross, nas mãos da dupla Tucano e Denísio.

Era a Suzuki TS185, que foi entregue para ser pilotada a ninguém menos do que Nivanor Bernardi.
A briga foi feia... Mas, essa é outra história.

Irmã menor do “bólido” TS185, chegou ao Brasil, algum tempo depois, a TS125, seguindo os mesmos padrões de agressividade, leveza e maneabilidade de sua irmã mais “nervosa”.


Suzuki TS125 1975

Pelo seu requintado acabamento, apesar de se tratar de uma “Trail”, a TS125 emplacou de cara.
Só não se posicionou melhor no mercado por causa do maior poder de fogo da concorrente Yamaha, que já contava com uma estrutura oficial da fábrica para importar e comercializar suas motocicletas no Brasil.

A Suzuki TS125 é uma bela "Trail" de 125cc que, na época, precisava de um "empurrão" maior para "estourar" no mercado.

A Suzuki TS125:

Logo de cara o charme do escapamento subindo à frente da pedaleira do garupa, chama atenção, com o protetor de pernas cromado contrastando com o “preto-fosco” do silencioso.


detalhe do charmoso escapamento

Seu estilo é bastante leve, com o para-lama dianteiro cromado, rente à roda, tanque esguio, com "shape" moderníssimo para a época,  e visual bastante agradável, deixando subtendido a leveza da moto.


para-lama dianteiro rente a roda


detalhe do tanque com "shape" arrojado para a época

O sistema de lubrificação do motor, CCI, se mostrava, também, mais eficiente e seguro que os tradicionais, que injetavam óleo 2T somente no coletor de admissão, à frente do carburador.

O escapamento e cárter, são protegidos por uma placa de segurança.


detalhe da placa de segurança do escapamento e cárter

O cabeçote de seu monocilíndrico 2 tempos, seguindo a tendência da época, pode alojar 2 velas para serem utilizadas alternadamente, é claro.
Normalmente eram alojadas uma vela de índice térmico "frio" ou "médio" em uma bossa, e na outra, uma com índice "quente".


observem as duas velas fixadas no cabeçote

O conjunto óptico tem dimensões discretas, mas conta com todos os opcionais, como as setas, que não faziam parte dos equipamentos obrigatórios por lei, na época.


detalhe do conjunto óptico

Seu banco, escamoteável, abriga o acesso ao reservatório de óleo do "CCI" (sistema de lubrificação do motor 2 tempos), bateria e fusível.


banco escamoteável

Dirigindo a Suzuki TS125:

A partida no monocilindrico 2T de 123cm3 é super macia e ele responde rapidamente com uma marcha-lenta bastante estável.

O engate das marchas é macio, bem como seus comandos de embreagem e freio.

Em uma motocicleta com quase 30 anos encontrar essas características é algo realmente louvável.

O bom escalonamento das 5 marchas da TS125 proporciona uma arrancada digna de uma verdadeira "off-road".

Mas, o ponto alto desta “Trail” é sua manobrabilidade.
Extremamente leve, contando com aro 21
na roda dianteira, que ajuda bastante nas manobras mais “ousadas” no off-road, ela se mostra bastante dócil, aceitando baixas velocidades em terreno acidentado, sem perder a estabilidade. Lembra uma "Trial"...


super-maleável

Sua suspensão, dianteira tipo "Cerianni"e traseira "bichoque" tradicional, cumpre bem seu papel, dentro do contexto das exigências dos anos 70.

Apesar de não contar com o requinte da válvula de palhetas na admissão, típico das "Trail" da Yamaha ("Torque Induction"), a Suzuki TS125 tem um bom desempenho, apesar de sentir-se a falta de torque em baixas rotações.


...lembra uma "Trial"

Mesmo assim ela vence rampas íngremes com facilidade, em decorrência da relação reduzida de sua transmissão, dimensionada sob-medida para este modelo.


subida tranqüila

O nível de ruído do motor e escapamento, nesta moto, é bastante reduzido em relação a outras “Trail” com motor 2 tempos.

Sua ergonomia é de bom tamanho para pilotos dentro da média de estatura (1,70m), não causando as tradicionais "vertigens" das "Trails" modernas, quando se para a moto em um terreno de topografia desfavorável.


parada tranqüila !!!

Seu painel tem boa visibilidade, dentro do contexto "Trail anos 70", com a chave de contacto entre os "relógios".
Ele conta com luzes de advertência de neutro, farol alto e setas.


visual do painel da Suzuki TS125

Seus freios a tambor tem dimensões discretas mas se mostraram suficientes para o desempenho de uma "Trail", onde a atuação deve ser moderada para evitar o travamento das rodas em terrenos com pouca aderência.

É uma "Trail" de 125cc que seguiu os passos da valente irmã maior, de 185cc.

Uma brilhante representante do clã "TS" !!!


Nossos agradecimentos ao Harold , proprietário desta bela moto, por nos tê-la cedido para o teste.

Teste realizado em São Paulo, SP, nas ruas do bairro da Vila Mariana

FICHA TÉCNICA
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Comentários:


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Tive uma moto dessa ano 1976, ótima moto, usei-a durante 4 anos e até participei de competições com ela!!!! Só um comentário, a TS 125 não tinha CDI, troquei um platinado em 4 anos de uso acreditam?

Um abraço e parabéns pelo site.

nome: Luiz Deister
( deister@compuland.com.br ) Sexta Feira, 7 de Maio de 2004, às 01:58:07

Caro Luiz
Corrigimos o lapso acerca do CDI.
Obrigado pela ajuda.
MP


LINDA E MARAVILHOSA ESSA MAQUINA TRAIL E CHEIA DE ESTILO TIVE UMA DAS PRIMEIRAS ,ERA VERMELHA COM FAIXA AZUL , ERA LINDA , SE DEUS QUIZER E ELE QUER EM BREVE EU CONSEGUIREI COMPRAR UMA DENOVO , ESSE PARALAMA DIANTEIRO CROMADA E DIVINO , ALTO NIVEL DE CLASSICA , MUITO OBRIGADO E PARABENS

nome: RODRIGAO
( RODMOTOCROSS@HOTMAIL.COM ) Segunda Feira, 10 de Maio de 2004, às 18:56:42


Parabéns pela moto. Linda! Tive uma identica, para mim a mais bonita, prata com faixa laranja.
Usei a minha por 5 anos, brinquei em pistas de cross e muitas trilhas, teve uma vez que atravessando um rio afundei até o guidão, depois de secar o carburador, segui normalmente, a moto era indestrutivel, incrivel! Pena que não temos mais essas opções.
A grande rival DT era bonita, mas as TS´s eram uma classe aparte.

nome: Felipe Carlier
( fcarlier@uol.com.br ) Terça Feira, 10 de Agosto de 2004, às 12:13:26


Tenho uma TS 125/73 tanque vermelho e azul. Está parada a + de 10 anos pois em 1983 comprei uma XL 250/83 branca e vermelha (tenho até agora). Como a Suzuki é 2T acabava ficando com cheiro forte de óleo o que vinha a me atrapalhar como consultor empresarial. As vezes penso em vende-la, mas duvido que meu coração resista.

Tenho planos de faze-la funcionar (está completa, faltando alguns detalhes de fácil solução). Soube por um cotato que fiz que pode-se conseguir peças com o Orlando Orfei (o do Circo) pois ele usa tres dessas (duas TS 125 e uma TS 180) no globo da morte. São boas para essa prática pois o carburador é como os de avião o que permite um bom funcvionamento mesmo de cabeça pra baixo. E nesse embalo o Orlando acabou comprando um considerável estoque de reposição. Parabéns pelo amor que tens pela tua.

nome: Pablo Alejandro Fabián
( pablo@fabian.com.br ) Segunda Feira, 23 de Agosto de 2004, às 00:06:41


Parabéns pela explicação dessa bela moto.
Mas hoje estou adquirindo uma SUZUKI 125 YES.
GOSTARIA DE SABER DETALHES DESSA MOTO, POIS NADA CONHECE DE MOTOS E NECESSITO SABER SOBRE A MINHA NOVA SUZUKI.

nome: RAI DE PAULA

( raicantaria2004@hotmail.com ) Sexta Feira, 28 de Julho de 2006, às 14:06:40


Yo tengo una modelo 92 en Tucuman Argentina es muy buena no la vendo por nada

nome: carlos
(carlosmonteros@hotmail.com) Terça Feira, 24 de Outubro de 2006, às 21:39:44


Só quem teve o prazer de ter uma...saberá colocar o que representava esta maquina com 70 kilos e um motor nervoso....de fato em 76 ela desbancou as mx 250...na epoca eram só duas categorias 125/250..puxei de São Paulo a Cabo Frio, contonando o litoral (76) não tinha pra ninguem. o pecado era não ter muita autonomia....Parabens pela Maquina..por acaso esta prata sera que o proprietario vende?...eu me arrependi por duas vezes.

Abraços

nome: Francisco

(fm.juniorr@uol.com.br) Quarta Feira, 5 de Março de 2008, às 21:35:11