Tombo ... O primeiro a gente nunca esquece !!!

 

Minha vida com as motos começou bem cedo... em 1983 comprei uma CB 50 1974 na qual aprendi a pilotar praticamente sozinho no gramado do parque Barigui ... ( ver a história " O milagre da multiplicação na pg 2 " ).

Com o tempo fui sentindo a nescecidade de mais " potência " pois ficava injuriado de ver as motos 125 da época passarem zunindo na minha orelha.

Foi aí que numa dessas tardes de sábado que você não tem o que fazer, fui dar uma banda no parque Barigui, ver as gatinhas desfilarem na pista de training em volta do lago...

Nem carteira eu tinha pois era de menor. Com o tédio em alta, saí dali com a minha modesta CBzinha e fui até a casa de um amigo e lá comentei que precisava de uma moto um pouco " maior " para tentar algo com as " cocótas "... ele então me disse que um vízinho seu de nome Fernando era roleiro e tinha uma RX 125 ano 80 , marron glassê bem inteirinha e era só soltar uns trocos na mão dele que era facil o negócio.

Eis que ao término da converssa apontou ele na esquina com a tál moto zunindo com um escape sarachú !!! O meu coléga deu com a mão e ele parou... E em 15 minutos estava desfeito o meu primeiro caso de amor com as motos e se iniciáva um outro, mais aspero, mais caliente, de tocada um pouco mais esportiva...energe induction, escape sarachú...

Que mudada, a coizinha era bem espertinha depois dos 4.000 giros. E numa dessas cutucadas no acelerador, logo nas primeiras semanas me vi em " papo de aranha "...

Subia a Al. Julia da Costa enrrolando o cabo e próximo a esquina da Hugo Kinzelman, percebi que não iria vencer a curva para a direita e alicatei o freio dianteiro e butinei o trazeiro por que vinha a frente um caminhão de botijões de gás...

E a queda foi inevitável... ralei até perto do rodado do caminhão e escutei toda a carga de botijões batendo como se fosse um igreja catedral ao meio dia, devido a freada do mesmo!!!

E como o primeiro tombo a gente nunca esquece, lembrei me essa semana de como as minhas pernas tremiam depois do susto, pois estou dando uma revigorada em uma RX 125 de um colega, igualzinha a que eu tinha e com escape esportivo tambêm e contei o fato a ele numa das inumeras noites que veio aqui em casa, as vêzes só para trazer uma pecinha qualquer.

O Flávio é mais um colegão desses que a gente adota através das boas amizades que as motos clássicas e antigas proporcionam, a RXziha chegou meio cabisbaixa aqui em casa e com uns acertinhos básicos de ponto e carburação, pude recordar da minha " tarântula "...

Que delícia ver o motorzinho subir de giro e recordar o passado...

Particularmente gosto de um 2T bem afinado e com um escape esportivo, pena que ele vai por o original, nada contra tambêm gosto, mas vou convence-lo a guarda-lo, para dar umas arrepiadas de vêz em quando, como nos velhos tempos...

Abração...

Alexandre Pacheco dos Santos ( ALEX )
Curitiba - PR
aletunari@terra.com.br