por: Marcos V. Pasini
mpasini@terra.com.br
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12/06/2013:
Em 05/03/2006, eu começava o passo-a-passo da minha Yamaha DS5E 1967 com um texto mais ou menos assim:
“A Yamaha DS5E 250, foi uma moto que me marcou muito. Primeiramente, quando a vi com o "seu"Edgard Soares, em Itanhaém, SP, no ano de 1968 e, posteriormente, em 1972, quando um amigo meu, o Edinho, comprou uma dessas e eu, ocasionalmente, fazia as revisões nela aproveitando para dar umas voltas e matar minha vontade.
Nessa época, esse modelo foi visto algumas vezes na novela da Globo, "Assim na Terra como no Céu", quando o ator Carlos Vereza (Ricardinho),contracenando com o ator e motociclista Osmar Prado (Mariozinho), ao lado de uma DS5E no meio da sala de sua casa, narrava sua experiência pilotando a moto pela Rio-Santos, na época, ainda, em construção,relacionando o aumento progressivo da velocidade que ele empreendia com a proximidade do limite total do homem, chegando aos 200km/h quanto ele atingiu um estado de semi-sublimação (claro que essa velocidade máxima foi por conta do autor da novela)”.
Apesar do antigo desejo de ter esse modelo, em 22/12/2006, fiz meu
ultimo upgrade deste passo-a-passo posto que em um rompante de
revolta em função de ter pelo menos uma moto clássica que eu
pudesse viajar ou uma moto moderna para o dia-a-dia, vendi vários
exemplares restaurados e outros em fase de restauração, dos quais me
arrependo da venda em sua maioria.
Mas na época foi o que decidi, apesar do posterior arrependimento.
E a venda da minha DS5E foi uma das quais mais me arrependi...
Resolvi, há relativamente pouco tempo, direcionar meus restauros focando somente modelos que realmente eu quis ter e não pude, na época, e que não correrão risco de serem vendidos em condições normais.
Como se fosse fácil... Onde vou conseguir uma Gilera Giubileo, uma Ducati SCR e... uma Yamaha 250 DS5E... Essa doeu...
Recomecei honrosamente meu projeto “T-recolhido” com um antigo desejo não realizado, a Honda CB125K3 1970, cuja restauração está em andamento.
Há pouco tempo meu amigo Miguel Ângelo Quaggio, restaurador e colecionador de motos clássicas na região de Ribeirão Preto, me mandou um e-mail intitulado: “Moto Abandonada” onde aparecia algumas fotos de uma derrubada DE5E azul, toda suja de poeira, sem o motor e apoiada em uma pilha de madeira, aparentemente em um sítio no interior, me perguntando: -"Pasini, me enviaram estas fotos de uma Yamaha que parece estar jogada em um quintal... O que acha dela?"
Putz... Já era a segunda vez que eu ouvia essa pergunta e depois acabava comprando a moto... A primeira vez foi com uma Honda SS125A 1968... Mas na hora não dei conta disso...
Apesar do susto, respondi melancólico: - “É uma Yamaha 250 DS5E. Uma moto rara que, aliás, já tive uma e me arrependi de vender”... e continuei: “...mas, se você não se interessar por ela, eu posso me animar em recomeçar...”, brinquei.
E a conversa ficou por aí.
Algumas semanas depois mandei um e-mail ao Miguel e perguntei sobre essa moto quando ele disse não estar interessado e liberou para que eu a comprasse, se quisesse, mas ele já não lembrava de onde tinha vindo a foto e nem de que maneira...
Já tinha sido levantada a lebre, mas não podia ir adiante, pois tínhamos perdido a pista...
Há alguns dias, navegando no Facebook, na página do “Veteran
Motorcycle Club”, rolando as mensagens, eis que aparece a tal da
DS5E à venda em uma postagem do Márcio Rutkoski, com alguns
comentários e... um telefone para contacto...
O dono, segundo a
postagem, estaria pedindo R$ 1000,00 !!
Na mesma hora, passei uma mensagem para o Márcio, perguntando se ele sabia se a moto já tinha sido vendida, visto que a postagem da foto datava de quase um mês atrás...
Ele respondeu que iria verificar e me informaria depois.
No dia seguinte, não resisti e liguei para o numero. Era em Guaíba, RS.
O Sr. Antonio me atendeu super bem dizendo que já tinha um interessado mas não estava nada certo, mas o preço da moto já estava hiper-inflacionado em relação ao que eu tinha visto no Facebook. Estava fora de questão...
Deixei o numero do meu celular com ele e pensei em uma contra-proposta razoável caso ele me retornasse a ligação, mas sem esperanças. E não pensei mais no assunto.
No fim de semana seguinte, o Sr. Antonio me retorna a ligação e diz que fazia mais barato, e falou exatamente o numero que eu havia pensado. Tremi nas bases...
E assim começou a negociação.
Recebi mais fotos, soube que ela viria com um motor extra de RD250 (...) e que os documentos já eram de placa cinza!!
Fechei negocio com a moto, contratei uma empresa de transporte e aguardo ansioso a chegada da minha segunda DS5E, agora 1969 (1970 no documento) "raspa-de-tacho", e na cor “Candy Blue”.
Dessa vez eu concluo o projeto!!
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Um pouco da história da Yamaha DS5E (E=Partida Elétrica) no Brasil:
Pertencente à fase “Pré-RD” que, no caso das 250cc começou com a DS1, finalizando com a DS7, foi a primeira representante da fábrica dos “três diapasons” com a clássica motorização 250cc a pisar (semi-oficialmente) em solo brasileiro.
Digo “semi-oficialmente” pois ela não chegou a ser importada pela Yamaha do Brasil (isso só aconteceu com o modelo DS7, em 72), e sim pela “Motosport”, que foi a primeira importadora em grande escala da marca Yamaha.
A motorização, que permaneceu praticamente a mesma, desde a DS1 até a DS6 (essa última não veio para o Brasil), assim como toda a estrutura de chassis e suspensão, foi a base para a produção da primeira motocicleta “especial de competição” produzida pela Yamaha para venda ao público, a TD1, que, podemos dizer, foi a precursora das conhecidas TZ250/350.
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No caso da DS5E a sua irmã esportiva foi a TD1-C em 1967.
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A concepção estrutural do conjunto-motor é bastante curiosa, em relação aos modelos mais modernos, com a saída do pinhão pelo lado direito, pedal de partida no lado esquerdo e freio traseiro acionado com cabo.
A partida elétrica é a tão discutida “dynostart” onde o dínamo, na condição de partida, passa a ser de gerador de carga para a bateria, para gerador de movimento para o virabrequim, onde está solidário.
O painel original é uma peça única, montada na caixa do farol, que contém o tacômetro e o velocímetro no mesmo layout.
Para o mercado americano, em função da legislação de transito local, a Yamaha produziu uma versão da DS5E porém com 305cc, a YM2 e a YM2C (Scrambler).
Como as duas, DS5E e YM2 são gêmeas, com exceção da cilindrada, por facilidade, poderemos importar dos EUA as peças necessárias à restauração.
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A DS5E foi produzida de 1967 a 1969 sendo que este modelo a ser restaurado consta na documentação como 1970, pois deve ter chegado ao Brasil neste ano, apesar da produção ter-se encerrado oficialmente em 1969. Por isso digo que as DS5E que foram vendidas no Brasil em 1970 são “raspa-de-tacho”.
Estas DS5E fizeram parte da última leva de motos importadas antes da implantação da Yamaha Motors do Brasil.
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São muito poucas motos deste modelo restauradas ou em fase de restauração no Brasil, por isso, espero poder reproduzir neste trabalho uma moto o mais representativa possível deste clássico modelo.
Essa é segunda chance que eu tenho de restaurar este modelo e dessa vez não irei desperdiçar!!
21/06/2013:
Consegui um frete “de carona” em uma mudança que vai ao Espírito Santo, via Rio de Janeiro e São Paulo, mas que sai somente dia 24, segunda feira, de Porto Alegre.
Para fazer o trajeto à S. Paulo via Santos, o caminhão não pode, pois vai ter que passar em Embu para deixar um frete, daí ele sai da rota...
Para pegar a moto em São Paulo fica difícil para mim que moro em Santos, e com a complicação do transito e a restrição da circulação de caminhões no centro expandido de SP, e sem um posto estratégico fora do centro expandido para deixar a moto guardada, resolvi encontrar o caminhão durante o percurso em plena Rodovia Regis Bittencourt, no Posto BR e Restaurante “Rei do Cupim”, no município de Miracatu, que dista de Santos pouco mais de 100km, próximo ao trevo da Rodovia Pe. Manoel da Nóbrega, sentido SP.
Se der tempo, faço uma avaliação do “Rei do Cupim” e registro neste passo-a-passo. Afinal, faz parte, né?
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Está tudo combinado. A moto já está no depósito da Transportadora em Porto Alegre, e na segunda feira, começa a "trip"! Haja adrenalina!!!
01/08/2013:
Chegou o dia...
Saímos de Santos minha família e eu (todos de férias), logo cedo, cerca de 7:30hs, rumo à Miracatu. A expectativa estava "a mil" !!
Para enriquecer o passeio para a família (naturalmente, não tão entusiasmada como eu) combinamos na volta uma parada em Itanhaém no restaurante da "Tia Lena" para almoçar.Chegamos no ponto de encontro, pontualmente às 9:00hs e o caminhão ainda não havia chegado.
Esperamos por mais 1/2 hora, e eu já estava perguntando a outros caminhoneiros se tinham visto pela estrada o caminhão-baú que eu estava esperando (o celular da VIVO não pega neste posto).
Soube que havia um acidente mais ao sul, que estava dificultando o transito. "Meno male"...Já era quase 10:00hs e eu andando pra lá e pra cá debaixo de uma garoa fina, mas sem ligar muito pra isso, quando apontou, finalmente o caminhão-baú da Trans Demarchi com a minha preciosa carga!!!
Abriram-se, então, as portas do baú e lá estava ela !! Retiramos o mais rapidamente possível para liberar os caminhoneiros e colocamos a moto na carreta.
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Tão logo carregamos a moto, já partimos rumo à Itanhaém, pois, a essa altura, já era 11:00hs e como acordamos muito cedo já estávamos com uma certa fome...
Paramos em Itanhaém e não resisti tirar uma foto da DS5E onde, exatamente no mesmo local, pela primeira vez vi um exemplar desse com o saudoso Edgard Soares.
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Almoçamos e rumamos para Santos para guardar a moto sem, antes, deixar de dar uma olhadela na moto e no motor...
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Apesar de afirmar categoricamente que “não ia mexer na moto por enquanto” nem bem a moto entrou na oficina “Troka&Troka”, o Eladio e eu nos pusemos freneticamente a abrir as caixas e para conferir o o que podia estar faltando no motor.
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De cara já descobrimos a ausência total do câmbio e trambulador... Não tinha nada... Caramba essa eu não sabia... Da embreagem só tinha a campana e os discos... mais nada... putz...
Mas, isso não apagou o brilho da nossa alegria de termos, novamente, uma DS5E na oficina para restaurar.
-“Depois a gente acha isso no e-bay”, nos dissemos...
Outro dia, conversando com meu amigo Alex, de Curitiba, ele comentou que o “João das Motos” poderia ter alguma coisa dessa moto... –“Será que ele teria o câmbio?”, me perguntei...
Telefonei para lá e descobri que eles tinham não somente o cambio, mas também um motor “quase completo” dela... faltava um cabeçote, os pistões, o “dynostart” e a tampa do pinhão, o que para mim não importava, pois já tinha tudo isso.
Descobri também que a pessoa que estava negociando com a minha DS5E antes de eu comprá-la era justamente o “João das Motos” e que por uma “falha de comunicação” entre eles, acredito, quem acabou comprando a moto fui eu.
Eu esperava uma determinada faixa de preço para esse motor, mas o que me foi pedido era o dobro do que eu imaginava...
Caramba, um motor eu já tinha, só queria, mesmo, o conjunto da transmissão... Mas pagar uma quantia alta e deixar peças sobressalentes guardadas não era uma idéia economicamente correta.
Lembrei-me, então, de dois amigos do Sul que também estão restaurando duas DS5E e que, desde a primeira DS5E que comprei, estamos tentando comprar as motos um do outro...
Entrei em contacto com o Álvaro Marquardt de Porto Alegre, RS e com o Fábio “Chaparral” de Camburiu, SC e expliquei a situação.
Eles também precisavam de componentes do motor que, por coincidência, eu já tinha. Até o único cabeçote que o motor tem é do mesmo lado que o Fábio está precisando. Era o que eu estava esperando!!! A corda e a caçamba!
Pedi, então, para meu amigo Alex dar uma olhada no motor, uma vez que o “João das Motos” fica, também, em Curitiba.
O Alex sinalizou positivamente e fechamos o negócio. Pedi, também, para o Alex que, quando viesse à Santos, dia 27 de julho para o “2º Valongo Moto Classic”, trouxesse o motor para mim, uma vez que ele viria de carro. Ele topou na hora.
Agora é só esperar o motor chegar, desmontar , fazer a divisão de peças e enviá-las aos meus “sócios” na compra.
Esse evento acabou desencadeando uma troca de componentes de DS5E entre o Álvaro e o Fábio que agilizou significativamente o andamento da restauração de suas motos.
Se continuarmos com essa simbiose, teremos nossas motos restauradas rapidamente e com um custo reduzido.
Acredito, mesmo, que, em breve, teremos as três DS5E em condições de uso e de exposição. Isso vai merecer um encontro das três!
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27/08/2013
:Caso interessante, o guidon desta moto “1970”.
Esse guidon, tenho uma
desconfiança, foi feito aqui no Brasil, para, acho, “alavancarem” a venda da
moto (as Yamaha não vendiam bem na época) baseados na moda de guidon alto do
começo dos 70, pois em nenhum catálogo japonês ou “parts-list” da DS5E ou da
YM2 aparece esse guidon alto com uma barra entre os punhos tipo "Trail".
Mas são somente suspeitas... Vou procurar me informar.
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Mas, como a minha moto é 1969 (“1970”) vou querer fazer conforme original da época, ou com o guidon plano que era moda na Europa, mas que aqui no Brasil não emplacou, pois ninguém agüentava mais andar com guidon baixo das motos italianas que predominavam no mercado brasileiro nos anos 60.
Dia 27 de julho, chegou o motor, trazido pelo amigo Alex de Curitiba.
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Começamos a desmontagem no sábado seguinte para a realização do “transplante de câmbio”.
Depois de uma “assepsia” inicial começamos os procedimentos cirúrgicos.
Para desmontar as carcaças lado esquerdo e direito, sem
danificá-las (mais do que já estavam) foi uma novela.
Precisamos fazer uma “junta médica” com dois mecânicos experientes (e com
boa memória), o Dorival e o Gilberto, para lembrar como, literalmente
“desgrudar" as duas partes do bloco.
Retirada a transmissão (trambulador, cambio e
embreagem), que era a minha parte na parceria, passei à “assepsia” do
interior do bloco para retirar o “petróleo” que se formou, após 30 anos do
motor parado (segundo o João das Motos, que nos vendeu) com o óleo misturado
com o pó de carvão do cárter.
Acho que conseguimos retornar à origem do mineral, como comentou o amigo
Alex.
Separadas as peças para meus partners na empreitada, montei o que foi possível e encaixotei para enviar pelo correio.
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Uma curiosidade... O Alex trouxe junto o dynostart
original deste mesmo motor que anteriormente havia sido, por engano, vendido
à um amigo dele para instalação em uma 200cc CS3E e que, naturalmente, não
serviu.
Ele deduziu que, como a peça havia sido comprada no mesmo local, e este
motor não tinha vindo com essa peça, só podia ser dele.
Comprei a peça, então, apesar de já ter uma, aparentemente mais desgastada.
Mas ainda faltava o sistema de avanço...
Entrei em contacto com o João das Motos e contei o caso, perguntando se o avanço não teria ficado por lá, quando o dynostart foi retirado do motor.
Alguns dias depois o João das Motos retornou meu e-mail com a foto de um avanço que aparentemente é o dela, apesar de ser semelhante, a menos das medidas, dos avanços da CS2E 180cc e CS3E/CS5E/RD200.
Comprei mesmo assim e vou aguardar a chegada da peça para saber ao certo se é ela mesma.
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Agora, já estou com vontade de, pelo menos, fechar a carcaça do motor com o cambio e o virabrequim, para não ficar com uma caixa cheia de peças e depois de alguns meses esquecer detalhes de montagem, que ainda estão “frescos” na memória.
É duro ter um brinquedo desses na fila de espera sem dar uma mexidinha...
O mistério dos pistões, continua...
Quando estava restaurando minha primeira DS5E, uma 1967, vide link: (http://www.motosclassicas70.com.br/pap_Y_DS5E.htm), descobri que os pistões tinham uma janela de cada lado e na altura do furo do pino.
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Os cilindros estavam sem as camisas, e no bloco do cilindro, a gente via um rebaixo de cada lado da admissão, que coincidiam com as janelas dos pistões.
Mas eu não sei como eram as camisas desses cilindros, pois como disse, os cilindros vieram sem elas
Esses dois jogos de cilindros que estão comigo hoje (do motor da moto 1969 e do segundo motor) estão com as camisas e não tem essas janelas, mas os pistões que vieram no motor que acompanhou a moto tem.
O segundo motor veio sem os pistões.
O Ralf (MotoRalf) achou no estoque dele pistões novos sem janelas, e na Troka&Troka em Santos, também achei pistões dela, porém com as janelas.
O que parece estar acontecendo é que realmente existem duas versões desse motor, sendo na ordem cronológica os mais “bravos” (os pistões e camisas com essa janela extra fornecem mais torque) as primeiras como a minha DS5E 1967, que tinha os cilindros com janelas coincidindo com as janelas dos pistões, e as últimas da série, 1969 (ou 1970) sem as janelas, o que é o caso do motor que acompanhou a minha moto, que é 1969, e o segundo motor, que tem uma numeração próxima a do meu original, portanto da mesma época também
Vi no e-bay que na 250 DS6 não tem essas janelas.
Isso faz sentido, pois a DS6 (1970/1971) é seqüencial às DS5E 1969, com a mesma motorização, somente sem partida elétrica.
Cheguei a ver no e-bay oferta de pistões novos da 305cc com e sem as janelas.
Da DS5E nunca vi oferta no e-bay de pistões com as janelas, nem da DS6. Somente sem as janelas.
O Álvaro Maquardt do RS tem os pistões dele sem as janelas mas com o recorte entre as saias, em baixo do pino, um pouco sinuoso, diferente dos com janela.
Já vi destes na Internet (vide foto abaixo).
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Considerando que as camisas dos meus cilindros não tem a janela, acho dispensável o uso de pistões com janelas.
Vou analisar os pistões que o Ralf achou no arquivo dele e considerar a sua utilização, mas por uma questão técno-cultural, continuaremos investigando esse caso até que tenhamos uma explicação satisfatória.
Não resisti à tentação e comprei algumas "coisinhas" para a DS5E pelo e-bay... É difícil resistir...
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15/01/14:
Voltando ao assunto dos pistões, vi há pouco tempo na
Internet um jogo de pistões originais da DS5E, novos, com as ditas janelas e
com o recorte diferenciado entre as saias.
Parece ser isso mesmo.
Conversando com o amigo Sylvestre (Silverstone), ele lembra desses pistões nas primeiras DS5E (1967) e que nas últimas (1969/1970) já não eram mais com as janelas...
Como ainda não chegou a hora de fazer o motor, vou aguardar mais um pouco para sedimentar melhor essas informações.
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O Ralf (www.motoralf.com.br motoralf@motoralf.com.br ), de Duque de Caxias, RJ, continua me surpreendendo...
Fui até lá no fim do ano buscar algumas peças da minha outra restauração (Honda CB125 K3 - http://www.motosclassicas70.com.br/pap_H_CB125K3.htm ) e ele, sabendo da minha Yamaha 250 DS5E que está na fila de restauração, teve o capricho de garimpar em seu vasto (e eclético) estoque de peças novas (e usadas) e me apareceu com um painel (instrumentos combinados – velocímetro e conta-giros), um miolo de contacto com as duas chaves e uma tampa do tanque (tudo o que eu preciso) originais Yamaha e pasmem... “Zero-Bala” !! Isso é muito raro...
O Ralf às vezes custa um pouco para se escarafunchar no meio do seu estoque para procurar alguma coisa, mas quando ele cisma, sempre vem com alguma novidade bombástica !!!
Realmente ele tem muita coisa boa por lá... O correto seria passar um dia inteiro fuçando nas prateleiras dele, pois, com certeza, vamos achar alguma coisa inesperada!
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Falando em Internet, não resisti quando apareceu no e-bay um “fermasterzo” (steering damper) proveniente de uma DS5E desmontada, em perfeitas condições... tive que comprá-lo...
Aproveitando o embalo, procurei mais um pouco e achei um retentor central do virabrequim... já está na oficina.
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